Etiqueta à Mesa

Dicas de Etiqueta e Boas Maneiras à mesa

Convidar e receber pessoas e amigos é uma arte. E como tal, somente com a prática é que chegaremos à excelência. Durante o trajeto de aprendizado, é provável que cometeremos uma falha ou outra. O importante é não perdermos as lições que só a prática pode nos oferecer.

Poderíamos também dizer que conduzir um evento social é a arte do equilíbrio. Você, como anfitriã ou anfitrião, deve se ocupar o tempo todo de preencher as faltas e moderar os excessos. Isso vale tanto para a comida como para a atenção aos convidados.

Quantidade e qualidade

Para um jantar de mesa, o ideal é o mínimo de um casal e o máximo de 15 pessoas, dependendo do tamanho da mesa. Uma alternativa é então acomodá-los em mesas separadas, com 4 pessoas em cada.
Porém, no jantar americano, certifique-se que há assentos suficientes para todos os convidados, mesmo para aqueles que preferem ficar de pé.

Em todo jantar requintado que oferecemos em casa nos sentimos como se estivéssemos prontos para fazer um exame. Não se sinta culpado(a) caso aconteça algo de errado pois isto só irá piorar as coisas. Agende e planeje tudo, porque o resultado pode ser desastroso se deixar para organizar tudo na última hora!

O convite

O primeiro passo antes de formular um convite, seja ele formal ou não, social ou para jantares de negócios, tome como regra básica: comece pela lista de convidados, ou seja não sair por aí formulando convites só para fazer volume na sua recepção. Faça a distribuição correta dos convidados, quem fará parceria com quem, e tente sempre reunir pessoas do mesmo nível intelectual ou social.

Misturar tribos nem sempre dá certo. Escolha pessoas que se dão bem e evite aquelas que gostam de fazer propaganda vendendo seus produtos de limpeza, jóias e bijuterias, o que pode ser embaraçoso para os outros convidados. Convide pessoas que gostam de conversar e evite chamar aquelas que já deram vexames com bebida, brigas ou outros.

Faça convites com antecedência porque chamando em cima da hora você corre o risco de perder muitos convidados e frustrar os seus planos. Ligue para as pessoas com um dia de antecedência, lembrando do evento.

Não se convida um casal que tenha acabado de se separar, mesmo que cada um já esteja em outros planos; pode parecer provocação, principalmente se você for mais amigo(a) de um do que do outro.

Se o jantar foi elaborado para se tratar de negócios, os homens formulam o convite e as suas esposas acertam os detalhes.

Não se deve formular convites na frente de terceiros que não farão parte da festa ou evento.

Antes de entregar convites formais ligue e marque uma hora para que a pessoa possa lhe receber com a mesma atenção que você está tendo, em entregar-lhe o convite pessoalmente.

Só mande convites pelo correio para pessoas que moram em outras cidades e que você não possa entregar pessoalmente; Convites formulados pelo telefone, podem ser feito com uma semana de antecedência e confirmado pelo convidado até 48 horas antes do evento.

Entende-se por convites formais, todos os convites que forem feitos por escrito, e devem ser entregues com a seguinte antecedência:

Casamentos
30 a 15 dias de antecedência, os convites de casamentos com mandados pelo correio deve ser confirmado por telefone;
Aniversário / Debutante
20 à 15 dias de antecedência;
Jantares formais
15 à 10 dias de antecedência;
Batizados
15 à 10 dias de antecedência ( os convidados para esta ocasião deve ser restrito a familiares e pessoas muito íntimas da família);
Chás beneficentes
A hostes deverá entregar essa tarefa para a patronesse do chá, onde a mesma deverá entregar com uma antecedência mínima de 10 dias;

É de bom tom que o organizador do evento coloque no convite formal o traje a ser usados pelos convidados e a solicitação de confirmação de presença, com a data limite para a confirmação. Para jantares muito formais, manda-se convite impresso no qual consta o famoso R.S.P.V., que em francês corresponde a Répondez s’il vous plaît e significa Responda, por favor. Mas para não complicar a cabeça de quem vai receber o convite, coloque em parênteses na nossa língua portuguesa mesmo.

Evite fazer jantares em dia de semana.

O andamento do evento

Seja pontual

Os convidados podem se atrasar, com tolerância de 30 minutos, mas você sendo o(a) anfitrião(ã) jamais poderá se atrasar, pois não será nada agradável para os convidados pontuais chegarem ao local e não o(a) encontrarem para recebê-los. Portanto, na hora marcada, você já deve estar pronto e com tudo arrumado.

Comece servindo os drinks e os salgadinhos quando chegarem os primeiros convidados e espalhe tigelinhas de petiscos. Quanto à bebida, se o evento for mais sofisticado, sirva whisky, e para pessoas mais jovens ou pessoas que não bebam álcool, sirva refrigerantes, sucos, etc. Se o jantar for mais informal, tenha um rol de bebidas variado.

Evite demorar a servir o jantar para prolongar a festa, pois quando serví- lo, a maioria já terá perdido a fome com os salgadinhos e o estado de ânimo alterado pelas bebidas poderá ser desastroso.

A hora mais apropriada para servir o jantar é aproximadamente uma hora depois do horário marcado para a chegada, ou até uma hora e meia depois.

Apresentações

Certamente haverá convidados que não se conhecem e cabe a você apresentá-los e ambientá-los na festa.

Apresenta-se sempre a pessoa menos à mais importante. A jovem, à mais velha, a solteira à casada. O homem, à mulher. Todavia, tratando-se de um religioso, a mulher deverá ser apresentada.

A mulher deverá estender a mão, antes que o faça o homem que lhe foi apresentado. No entanto, se a pessoa apresentada se limitar a um outro cumprimento, deverá ser correspondido do mesmo modo (exemplo: ligeira inclinação de cabeça). Cabe à pessoa mais importante, àquela que “recebe” a apresentação, fazer o primeiro gesto. Estender a mão, fazer um aceno, tudo isso vale.

A mulher, em sociedade, nunca se levanta ao ser apresentada a outra mulher, com exceção se esta for a anfitriã ou uma senhora de idade.

Os anfitriões não necessitam apresentar todos os convidados entre si, no caso de uma recepção de grandes proporções. Basta apresentar alguns à chegada. E num coquetel usa-se a mesma praxe.

O convidado de honra, numa recepção de cerimônia, é apresentado a todos os convidados e deverá ficar ao lado da anfitriã, à entrada e de pé.

Use o sobrenome, menos para os mais jovens, pois o sobrenome poder ser um bom ponto de referência. Pronuncie claramente o nome e o sobrenome.

Havendo um ou dois convidados que não seja da mesma roda, convém à anfitriã estar bem atenta, à que a conversa não se situe em assuntos domésticos.

Falar suficiente e na hora oportuna, é o segredo do bom convidado e os anfitriões devem zelar por isso, dirigindo-se ao convidado mais tímido ou mais cerimonioso estimulando-o a tomar parte na conversa.

NUNCA use palavras que você não esteja acostumado ou que não faça parte do seu vocabulário. Evite gafes, que lhe deixará contrasgido (a).

Se você esqueceu o nome da pessoa, perguntar e pedir desculpas é o mais correto, mas poderá magoar o convidado. Procure decorar os nomes das pessoas que você convidou e nem cogite dar “crachás” para as pessoas.

A condução da orquestra: Atenção constante

Se você perceber que numa roda a conversa está caindo, aproxime-se e puxe um assunto polêmico, será que falar de corrupção ajuda? Depende de quem estiver na rodinha. Por outro lado, evite comentar sobre novela numa roda de pessoas de alto nível, pois não é rodinha de comadres.

Não dê atenção apenas para as mesmas pessoas, procure conversar um pouco com todas, cumprimentando e acenando. Sorria sempre para mostrar aos convidados que está muito satisfeito com a vinda de todos.

Jamais coloque música de fundo em volume alto demais. Isso poderá prejudicar a conversa entre os convidados. O mais acertado é deixar em volume suficiente para todos ouvirem, nem alto e nem baixo demais. E nada de pauleira! Se você comprou o novo cd de uma banda de heavy metal, deixe de lado! Você não convidou as pessoas à sua casa para se exibir... tanto assim :)

Tente não demonstrar o cansaço. O que você pode fazer é não insistir no contrário, quando os convidados disserem que está na hora de ir embora.

Durante o Jantar: Dicas

Jamais repita os ingredientes, usando-o em mais de um prato, por exemplo creme de leite na sopa e no prato principal.

Evite repetir as receitas que tenham o mesmo princípio, como mousse salgado e na sobremesa mousse de frutas.

Leve em conta a temperatura. Sopa gelada no verão e pratos quentes no inverno.

O jantar americano é mais prático, pois você poderá fazer pratos diferentes e os convidados se servirão do que mais lhe agradar. Não esqueça a salada, mesmo que você não goste. O convidado é o mais importante.

Faça mais de um tipo de sobremesa, como mousses e saladas de frutas.

A sopa, se houver, deve já estar servida quando os convidados se sentarem à mesa. O mesmo para a água. Um forro debaixo da toalha evita que escorregue; convém que seja da mesma cor, ou de cor semelhante.

No jantar americano, a comida já deverá estar na mesa quando os convidados começarem a se servir. Coloque do lado da mesa, pilhas de pratos, talheres lado a lado e guardanapos, para que o convidado possa se servir, e não deixe que faltem pratos. Atenção constante!

O cafezinho é adequado para dar o ponto final no jantar e seria ideal tomá-lo na sala. A dona da casa deve servir o café em jantar de poucos convidados. Os licores são servidos pelo dono da casa, que servirá primeiro as convidadas e depois os homens. Jamais ofereça café já servido e adoçado. Se quiser, sirva bombons juntamente com o café.

Disposição e uso dos talheres

Disposição da Mesa

Um dos detalhes mais importantes de um jantar ou almoço formal é a arrumação da mesa, além do que será servido. É lógico que não convém você servir um sanduíche numa mesa com arrumação para um jantar formal, portanto, prepare a mesa de acordo com o que for servir.

A toalha da mesa deve estar bem passada e sem vincos. Observar a combinação da cor da toalha e da louça. Se a toalha for estampada, usar lousa lisa. Se for lisa, a louça pode ser desenhada. Porém, para uma recepção mais requintada, evite toalha estampada.

Durante o dia, para o almoço, flores e frutas, preenchem perfeitamente, o arranjo ornamental da mesa. À noite, um arranjo de flores e velas sempre dão um ar mais festivo a sua mesa, mas utilize flores não muito chamativas para não roubar a atenção, pois o astro da noite é a mesa e a comida, use-os apenas como complementos.

Toalha de mesa é válida, mas evite toalhas com cores “escandalosas” ou com desenhos chamativos.
Sobre um prato raso, coloque um menor para a entrada e sobre esse prato, coloque um guardanapo dobrado sem muito exagero nas dobras. O guardanapo não é origami.

A princípio, é você, o anfitrião, quem estabelece os lugares de um jantar sentado. À sua direita deve ficar o convidado de maior importância e à sua esquerda, o segundo mais importante. Idem para as mulheres, em relação ao dono de casa. Os donos da casa podem sentar-se indiferentemente às cabeceiras, ou nas cadeiras mais ao centro, um de frente do outro.

Os lugares à mesa também podem ser marcados com um pequeno cartão com o nome da pessoa e colocado logo acima do prato. Não havendo cartão, é a dona da casa que distribui os lugares.

Disposição dos copos e talheres na mesa

As facas ficam à direita, e os garfos, à esquerda (com os dentes para cima como mostra as figuras abaixo), na ordem de uso. O lugar da colher é à direita, por fora das facas. E os talheres de sobremesa devem ser colocados acima do prato. À esquerda do prato de fora para dentro:

1. Garfo para peixe;

2. Garfo para carne;

3. Garfo para salada; se for servida. O garfo especial para salada coloca-se ao lado do garfo da carne.

À direita do prato de fora para dentro:

1. Garfo para “hors-dóuvre”;

2. Colher para sopa;

3. Faca para peixe;

4. Faca para carne (a que fica sempre junto ao prato).

Copos: Quanto maior for a haste de uma taça, mais formal ela é considerada. E as taças com haste alta são usadas em festas a rigor. Os copos ou taças são colocados na mesa de acordo com o tamanho do copo e não pela ordem em que vão ser utilizados, para que uns não escondam os outros. Os copos sempre ficam à direita do prato principal, na ordem, a partir do copo mais próximo do prato: água, vinho tinto, vinho branco. O tamanho é decrescente e a disposição, em diagonal. A taça do Champagne, ou flute, deve ficar à direita do copo de água e um pouco mais adiante. Ele não aparece na imagem mais abaixo. É correto arrumá-los da maneira seguinte:

1. Copo para água, à direita do prato e acima das facas;

2. Taça de champanhe, a pequena distância do primeiro;

3. Copo para vinho branco, haste longa, colocado em frente e entre os dois primeiros;

4. Copo para Porto ou Xerex, diante do terceiro um pouco à direita.

Esta ordem, no entanto, não é obrigatória, mas deve respeitar-se a harmonia entre tamanho e a precedência das bebidas.

Fonte desconhecida

Como usar os talheres

A ordem dos talheres segue a ordem dos pratos a serem servidos. Os que estão mais longe do prato são os primeiros a usar e, naturalmente, os últimos são os mais próximos do prato. Não se limpam os talheres com o guardanapo, antes de serem usados.

Você não precisa ficar segurando os talheres o tempo todo descanse-os sobre o prato. Ao parar de usar os talheres, estes devem ser colocados sobre o prato (a faca na borda) e os cabos nunca apoiados na mesa. Acabando de comer, colocam-se sobre o prato, no sentido perpendicular à borda da mesa.

Garfo e faca: No Brasil usa-se mais a regra de usar o garfo sempre na mão esquerda, à maneira européia. Usando-se a faca e o garfo ao mesmo tempo, seguram-se ambos da mesma maneira, isto é, a extremidade dos cabos na palma da mão, apoiando-se o índex pouco aquém da lâmina da faca ou dos dentes do garfo. Ao levar comida a boca o garfo nunca deve estar muito cheio. Use a faca comum para cortar carnes e aves, partindo-se um pouco de cada vez.

Colher: Deve-se encher a colher num movimento contrário à direção da borda da mesa, sempre de lado, posição esta em que deverá ser levada à boca.

Como se portar à mesa

Sente-se com elegância mantendo a coluna ereta, mas não cole as costas no encosto da cadeira. Evite cruzar ou esticar as pernas para não atrapalhar as pessoas a sua frente, procure manter as mãos sobre a mesa apoiando somente os punhos. Nunca apóie os cotovelos nem abra muito os braços para não incomodar as pessoas ao lado. A regra é a seguinte: procure ficar à vontade, porém evitando invadir o espaço (e o sossego) alheio.

Um detalhe pouco observado em restaurantes e que vale ser comentado: A regra diz que casais devem sentar em lados opostos da mesa, olhando um para o outro. Parece frescura, mas a verdade é que, principalmente se estiverem só os dois, sentarem-se lado a lado deixa o outro lado da mesa vazio e vulnerável aos olhares dos outros e dos vizinhos de mesa, além de que a atenção dos dois estará normalmente voltada para a frente, isto é, para a mesa vizinha, e de que, para conversarem, deverão estar o tempo todo com o pescoço virado para o lado, quando não, sentarem-se enviesados na cadeira. Ao sentarem nos lados opostos da mesa, a atenção natural dos olhos estará volta a frente, isto é, ao outro, e poderão conversar olhando um para o outro, além de que a mesa fica "fechada" para os olhares alheios. A regra diz que isso deve ser feito até mesmo quando estão vários casais à mesa. Porém, por exemplo, se estão juntos dois casais, já não há tanto problema em sentarem-se um casal de cada lado da mesa.

Todos sabem que não se deve colocar os cotovelos sobre a mesa, mas também não é bom assumir uma posição de estátua. Ao aceitar um prato, nada se diz, mas quando se o declina é de bom tom dizer: "não, muito obrigado". Alguns dizem que não é correto elogiar a comida ou a maneira como foi preparada, porém vai da ocasião. Se for uma reunião familiar e o cozinheiro ou o anfitrião estiver à mesa, um elogio será bem vindo.

Também uma conversa não deverá provocar discussões sobre assuntos políticos, religiosos ou de qualquer natureza que possam de algum modo atingir algum dos presentes. Jamais gesticule com o talher quando se fala. É básico mas convém lembrar: Mastigue com a boca fechada, e coma devagar, mastigando bem os alimentos.

Quando começar a comer após ser servido? Pode-se começar a comer após algumas pessoas terem sido servidas, se o serviço for lento. Se você perceber que logo todas estarão servidas, convém aguardar.

Os anfitriões devem ficar atentos, pois enquanto um dos convidados estiver comendo, eles devem acompanhá-lo, isto é, somente param de comer depois que todos já tenham terminado.

Os guardanapos devem ser preferencialmente de tecido e devem ser colocados no colo, durante a refeição, abertos totalmente ou não, conforme o tamanho. Os guardanapos não devem estar muito engomados, pois dificulta o manuseio, mas muito bem passados. Usá-lo sempre antes de levar o copo ou o cálice à boca; isso serve para não tocar o copo com a boca engordurada. Usá-lo também, naturalmente, ao final da refeição. No final, colocá-lo ao lado do prato, sem dobrar mas também sem o amarrotar.

Usar palitos de dente em qualquer jantar é super brega e inadmissível na regra da etiqueta superior. Mas palitos de dente são controversos. Nos ambientes mais simples estão sempre disponíveis e costuma-se espalitar os dentes na mesa mesmo, ocultando a boca com uma das mãos. Porém quanto mais sofisticado for a refeição, é possível até que não estejam disponíveis. Sendo assim, procure espalitar os dentes no banheiro. Na dúvida, evite ao máximo espalitar na frente dos outros.

Breves intervalos durante a refeição são normais. Nestes momentos os talheres podem ficar sobre os pratos, como se marcassem 16:40 horas. Ao concluir sua refeição, o prato não deve ser empurrado, apenas ter arrumados os talheres sobre ele. Ao terminar, coloque a faca e o garfo paralelos, com os cabos voltados para o lado, como se marcassem 15:15 horas.

É falta de educação repetir um prato durante um jantar? Depende muito da ocasião: Em jantares formais, ou ainda, com serviço à francesa (como bodas e casamentos por exemplo) não devemos repetir o prato. Pois isso, atrapalharia na organização do evento e a sequência de pratos costuma ter a medida ideal para a satisfação. Em jantares informais, na casa de amigos não há problema algum em repetir o prato, aliás é até um elogio à anfitriã e a quem preparou o prato. Mesmo assim, sem exageros.

Os copos levam-se à boca segurando-se pela base de seu arqueado e nunca pelas bordas.

Salada: antes de se servir, reparar se há prato e talheres especiais para a mesma, normalmente colocados ao lado do prato de jantar.

Porções: não é exigido que se coma tudo que se põe no prato, nem obrigatório deixar um resto de comida.

Pão: parte-se com as mãos em pedaços pequenos, passa-se a manteiga e leva-se à boca com a mão.

Sal e pimenta: é correto usar estes ingredientes, mesmo num jantar de cerimônia. Saleiros pequenos ficam ao lado dos copos, um para cada comensal.

Espinhas, ossos, azeitonas, etc.: a mesma colher que levou o alimento à boca deverá devolver os restos ao prato, como no caso de caroços de frutas em calda. Se for usada a mão (azeitonas ou uvas, entre outras) pode a mesma retorná-los ao prato. Espinhas e ossinhos, de modo discreto, voltam na mão para o prato.

Como e quando se usa os dedos durante a refeição?

Quando, durante um jantar, é servido algum alimento que utiliza-se diretamente das mãos para comer, usa-se dispor de lavandas próximas, para a limpeza rápida dos dedos. Lavanda é uma cumbuca de vidro ou outro material, com água morna e gotinhas de alfazema ou limão para limpar a ponta dos dedos ao término da alimentação. Água fria com pétalas de rosa ou uma flor pequenina também são indicados. As lavandas vêm da cozinha colocadas no prato em que se vai servir a sobremesa, sobre toalhas pequeninas de linho.

Aspargos:
Come-se com garfo e os dedos. A parte da ponta tenra, corta-se com o garfo e com ele se come. O restante pode ser apanhado entre os dedos, se for tenro.
Peixes:
São comidos com auxílio de talheres apropriados, se não tiver, com o garfo comum. Nunca usar faca comum para cortá-lo.
Alcachofras:
Quando inteira exige a mão para desfolhar. O fundo limpa-se com a faca e corta-se com o garfo.
Salada:
Corta-se com o garfo, ou enrola-se os pedaços, como as folhas de alface.
Ostras:
São degustadas com o garfo próprio, de borda cortante e de três dentes. Toma-se a ostra na mão esquerda, com a direita usa-se o garfo e com a borda cortante desprega-se a ostra, pinga-se limão e leva-se a boca com o garfo. Não havendo talher apropriado, desprega-se a ostra com a faca, usando o garfo para levar a boca. Pode-se levar a cunha a boca, para beber o caldo.
Carnes e Aves:
Comem-se com garfo e faca. Numa churrascaria rústica, ou casa de campo ao ar livre, o certo é apanhar o pedaço com a mão e comê-lo.
Compotas:
Comem-se com o garfo para a fruta e a colher para calda.
Frutas:
Em geral já vem partidas. Ex: abacaxi, laranja, manga, etc.Uvas, cerejas, jabuticabas, comem-se com os dedos, e as sementes ou caroços são colhidos com a mão fechada em forma de concha, junto a boca e depositados no prato. A lavanda é indispensável.
Sopa:
Não assopra-se nem se repete.
Licor ou Café:
Pode ser servido à mesa, ou fora dela, se for à mesa, a xícara e a colherinha vem junto com o prato de sobremesa, e não se usa palitos à mesa.

Bebidas

Inicialmente, sirva vinho branco seco e gelado, acompanhando a entrada e o peixe ( caso for servido peixe ). O tinto sempre deve ser à temperatura do ambiente ou apenas resfriado (gelado não) e é ideal para acompanhar as carnes. O champagne é usado como acompanhante da sobremesa.

A bebida a ser servida no jantar em si deve combinar com os pratos que serão servidos. Considerando-se que este conhecimento é prévio, os copos serão colocados de acordo com a necessidade, isto é, se for servido peixe, como prato único, não há necessidade de colocar o copo para vinho tinto.

Para jantares americanos, ofereça o tinto e o branco, deixando que cada um escolha o que preferir.
Acrescentar frutas ao menu é uma delicadeza para aqueles que fazem regime, pois sempre há alguém fazendo regime.

Bebidas básicas para um Bar

Vinho

Antes de seguir com as dicas de etiqueta e boas maneiras, agora sobre vinhos, vale a pena sugerir que você invista num curso sobre vinhos, isto é, um curso sobre enologia. Não precisa ser aprofundado, e sim, para você estar melhor preparado para lidar com essa questão em sua vida social. O consenso afirma que enogia é frescura. Não é. É uma área do conhecimento gastronômico riquíssima, e que vale muito a pena ser conhecida.

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Nem todos os vinhos devem ser servidos com a mesma temperatura e NUNCA com pedaços de gelo dentro dos copos.

Sugere-se que os vinhos a serem gelados, preferencialmente apenas refrescados, devem ser colocados em baldes de gelo.

Alguns tipos de vinhos raros, leves e suaves, levemente espumantes, frisantes ou doces, são servidos a temperatura de adega. Frescos mas não gelados, isto é, levemente resfriados. Para se conseguir que um vinho fique com a temperatura da sala em que vai ser servido, é aconselhável retirar a rolha, apoiá-la sobre o gargalo a fim de que não se perca o perfume (Buquê) do Vinho, deixando a garrafa durante quatro a cinco horas na sala. Não é aconselhável colocar a garrafa do vinho em água morna, não é aprovado pelos entendidos no assunto, além de que sinaliza falta de planejamento de sua parte.

Servem-se primeiro os vinhos de menor teor alcoólico, depois os mais fortes, terminando com os licores ou champanhe.

Dica: Decantar significa passar o vinho de uma garrafa para outra.

Branco seco
São servidos frescos, mas não inteiramente gelados, é melhor a uma temperatura que varia de "15" a "10" graus.
Branco suave
Devem ser mais gelados e servidos numa temperatura de no máximo "4" graus. Vinhos brancos, secos ou suaves, são indicados indicados para servir gelados com pratos de peixe, crustáceos, etc...
Champanhe e Vinho Espumante
São servidos gelados, em balde com gelo picado a volta e nunca em geladeira.
Vinhos Tintos
Os mais leves, devem acompanhar os primeiros pratos de carnes com molhos, massas, legumes e aves. São servidos a temperatura natural da sala.
Tintos Velhos
São servidos com os assados, um pouco mais quente. Famosos, devem ser servidos em suas garrafas originais.
Vinhos Tintos Secos
São servidos frescos.
Vinho Rosê Suave
Serve para qualquer tipo de carne, ave ou peixe.
Vinhos do Tipo Reno
Secos, brancos e de coloração mais acentuada, próprios para serem servidos com pratos de peixe.
Vinhos do Tipo Clarete
E outros tintos, secos ou suave, próprios para serem servidos com aves e carnes diversas.
Vinhos tintos de Uvas Bonarda-Cabernet, etc.
Próprios para serem servidos com assados, principalmente os Vinhos envelhecidos.
Vinhos Frisantes ou espumantes
Saborosos e adocicados, próprios para sobremesa e também para certos pratos de peixes e carnes.
 

Se não quiser se atrapalhar, saiba que as regras básicas são as seguintes:

O vinho branco, sempre servido bem gelado, acompanha os peixes e ostras. O vinho tinto, servido resfriado, acompanha as carnes, etc.

A seguir, um roteiro de como e com qual vinho se servem os seguintes pratos:

SOPA:
Xerez ou vinho madeira
MARISCOS E OUTROS CRUSTÁCEOS:
Vinho branco seco, verde ou ainda vinho branco doce
CARNES:
Conforme o tipo de carne serve-se vinho tinto mais encorpado ou mais leve
À SOBREMESA:
Vinho do Porto
AO CAFÉ:
Brandy (aguardente velha) e licores.

Na imagem abaixo, um excelente gráfico ajuda na escolha do melhor vinho para cada ocasião (clique para ampliar):

Fonte: Wine Folly

Tipos de Eventos e Ocasiões

Coquetel

Coquetel não é uma festa de arromba. Deve-se servir canapés, coxinhas, e pequenos salgadinhos (todos os salgadinhos devem ser pequeno). Os coquetéis são ótimas ocasiões para conhecer pessoas em um ambiente descontraído.

Se for a um coquetel, forre o estômago antes de sair de casa, num coquetel geralmente você ira comer cinco ou pouco mais salgadinhos. Beba pouco, pois justamente por ser informal, as pessoas tendem a extrapolar.

Use e abuse dos guardanapos, mais desagradável do que apertar uma mão molhada só mesmo uma mão engordurada.

Localize o cinzeiro antes de acender o cigarro, os cinzeiros nesses eventos ficam quase invisíveis.

Saiba quem ou o quê será homenageado, se for um lançamento de um livro ou uma abertura de mostra de arte, um mínimo de informação sobre o autor ou artista em questão é recomendável.

Faça as apresentações, sempre que uma pessoas se junta a um grupo, convém apresentá- la. Com nome e sobrenome, cargos estão dispensados, a não ser que seja evento de trabalho. Troque cartões só no final da conversa, é mais delicado.

E só faça isso quando sentir que é necessário. Não é o caso de sair pelo salão distribuindo cartões. Vá embora cedo, coquetéis por definição terminam lá pelas nove e meia da noite.

Se você for o anfitrião do coquetel, deixe tudo preparado e contrate um garçom para cuidar de servir tudo, para que você possa dar atenção necessária aos convidados. Deixe as bebidas expostas para que cada um se sirva, mas lembre-se de que só as bebidas deverão ficar expostas, os salgadinhos ficam por conta do garçom.

Jantar Informal

Um jantar informal não pode e nem deve ser mal servido. Dispensa, apenas, o formalismo de um serviço à francesa que requer alguém capacitado para executá-lo. Você deverá contar com a ajuda de uma copeira, apenas para colocar e retirar os pratos, e, se for possível, um garçom. Nada além disso.

Não servir mais que quatro pratos, incluídos queijos e sobremesas. Alternar pratos frios e quentes para que não haja o problema de se manter uma quantidade enorme de alimento previamente aquecida.

O primeiro prato (entrada), seja ele frio ou quente, já deverá estar servido quando os convidados se dirigirem à sala de jantar, o que evitará um trabalho extra para a copeira.

Programar a sobremesa de modo que possa ser servida em pratos individuais, os quais já estarão arrumados na cozinha aguardando o fim do jantar.

Sirva o café e os licores na sala. É mais simpático e mais interessante, pois evita que os convidados permaneçam à mesa, esperando que a copeira retire os pratos da sobremesa. Entretanto, não constituirá qualquer deslize da boa etiqueta se o café for servido à mesa, ficando ao seu critério a adoção de qualquer das duas formas.

O arranjo de mesa requer, naturalmente, uma atenção especial, embora seja dispensado o requinte que se exige para um jantar formal.

A toalha pode ser um linho cru, um tecido adamascado ou mesmo um alegre estampado. Este último, no entanto, ficará melhor para um almoço. Serviços americanos mais finos também vão bem.

A colocação dos pratos e talheres é a normal, ou seja, os pratos de serviço deverão ficar a 2,5cm da borda da mesa. Colocam-se, então, os talheres, com a faca e a colher de sopa à direita e o garfo à esquerda. O garfo e a colher de sobremesa serão colocados acima do prato ou poderá vir da cozinha, quando a sobremesa for servida.

Se você vai apresentar, além da sopa, um prato de peixe e outro de carne, não deverá esquecer de colocar os talheres para o peixe. Nesse caso, a disposição será a seguinte: à direita, colher de sopa, faca de peixe e faca de carne. À esquerda, de dentro para fora, garfo de carne e garfo de peixe. A lógica nessa disposição é que os talheres são apresentados na ordem em que serão usados.

No caso de servir uma salada para acompanhar, ou depois, do prato principal, coloque um pratinho para a mesma à esquerda do prato de serviço, com o do pão um pouco mais acima. Nesse último, deve-se colocar uma faca pequena para servir a manteiga.

A sopa pode ser servida em pratos ou em xícaras próprias para caldos. No último caso, esta deverá vir acompanhada de um pires, sendo colocada sobre o prato de serviço. Coquetéis de fruta ou de camarão serão servidos em taças especiais, sobre pratinhos, também colocados sobre o prato de serviço.

Onde colocar e como dobrar guardanapos? Já houve tempo em que era de bom tom dobrar-se o guardanapo cuidadosamente, em forma de flor ou quantas outras figurações o engenho da dona da casa pudesse conceber. Hoje, você precisa apenas dobrá-lo retangularmente e colocá-lo centro do prato. Se a sopa ou outra entrada qualquer já estiver posta, o guardanapo, então, será colocado à esquerda do prato, logo depois dos talheres.

Os copos ficarão acima do prato, ligeiramente à direita, também na ordem de sua utilização, com o da água um pouco mais para dentro e o do vinho mais para fora.

Se é você e seu marido que irão servir, pode ser adotada a maneira americana pela qual é o anfitrião que se encarrega de trinchar (pouco provável, uma vez que a comida, em geral, já vem cortada da cozinha) e servir o prato principal e seu acompanhamento, enquanto que a dona da casa passa a salada, serve as bebidas e a sobremesa. O carrinho de chá, ou a mesa auxiliar, deverá estar à sua direita e sobre ele ficarão o prato de salada, a sobremesa, as xícaras e o bule de café (se este vai ser servido à mesa).

O anfitrião serve o prato que está na sua frente, passando-o para a dona da casa que o substitui pelo seu, que está vazio. O prato servido é apresentado ao convidado que lhe fica à direita, do qual recebe um prato não utilizado. Repete-se a operação, servindo sempre à direita.

Achamos, no entanto, que inverter os papéis é de toda a conveniência, deixando ao anfitrião apenas o trabalho de servir as bebidas e passar a salada. O trabalho da copeira, nesse caso, se resume em retirar os pratos servidos e trazer da cozinha as travessas com os alimentos.

Existe, ainda, a possibilidade de usar a copeira para servir o prato principal, que já vem da cozinha devidamente trinchado e arrumado em uma bandeja ou travessa. Ela, então, o apresentará, pelo lado esquerdo, ao convidado que está sentado à direita da dona da casa, continuando a servir nessa direção.

Quanto aos lugares à mesa, um jantar informal dispensa uma colocação rígida à mesa, elaborada de acordo com a importância dos convidados. Apenas, se houver uma pessoa mais idosa, devemos fazê-la sentar à direita dos anfitriões, numa deferência perfeitamente compreensível.

Como se vê, um jantar informal pode ser servido corretamente de diversas maneiras, bastando selecionar entre elas a que mais se adapta ao seu estilo particular.

Jantar Americano (Self- Service)

Receber mais de oito pessoas para um jantar é praticamente impossível para quem vive em apartamentos de living conjugado com a sala de jantar, onde o espaço destinado à mesa é reduzido. Além disso, servir dez ou doze pessoas requer o auxílio de um garçom treinado, o que nem sempre é fácil de se obter.

O jantar americano é, como o próprio nome indica, uma invenção informal e intuitiva dos nossos práticos americanos, hoje universalmente adotada. Em princípio, você precisa ter apenas uma mesa que poderá ser substituída pelo aparador de sua sala de jantar. Nela serão colocados, na ordem de utilização:

As bebidas e os copos ficarão numa mesa auxiliar, onde todos se servirão, quando desejarem.

O convidado encontrará sobre a mesa (que está encostada à parede), numa ordem funcional, guardanapo e os diversos itens do serviço, tudo devidamente alinhado de maneira a que, quando atingir a extremidade oposta, já se tenha servido de tudo, podendo, então sentar-se para saborear a refeição.

Se os convidados forem muitos, coloque a mesa no centro da sala e duplique o serviço, ou seja, reproduza, do outro lado da mesa, arrumação idêntica (guardanapos, pratos, etc.), com o que duas pessoas poderão servir-se simultaneamente.

Não aconselhamos, em jantares americanos, alimentos que necessitem ser cortados, pois, em geral, não há muito lugar para colocar o prato e os talheres enquanto se faz isso, e cortar a carne vai requerer de seus convidados verdadeiros prodígios de equilíbrio. Cuidado, então, ao planejar o cardápio: um strogonoff ou um salpicão de galinha são bem mais indicados do que um rosbife. Seja o que for preparado, é melhor que já venha destrinchado da cozinha.

Jantar Formal

Em primeiro lugar, falemos sobre a mesa. Para vesti-la, sugere-se toalhas de linho adamascado em tons pastel, organdi ou linho bordado. Serviços americanos, somente os de renda fina ou organdi.

Os guardanapos são dobrados ao comprido e colocados sobre o prato de serviço ou ao lado esquerdo do garfo, se o primeiro prato já estiver servido.

O prato de serviço é colocado a 2,5 cm da borda da mesa. Pratinhos para pão e manteiga, em geral, não são usados. Mas se forem, ocuparão o lugar normal, à esquerda do prato de serviço. A colocação dos talheres obedecerá o planejamento do cardápio, ou seja, serão arrumados de fora para dentro, na seqüência em que serão utilizados.

À direita coloca-se a colher de sopa, a faca de peixe e a faca de carne. À esquerda, também de fora para dentro, põe-se o garfo de peixe, o garfo de carne e o garfo de salada. Se forem servidas ostras (que deverão ser sempre o primeiro prato), deverá ser colocado, à direita da colher de sopa, um garfinho especial para esse tipo de marisco.

O copo para água e um ou dois para vinhos serão colocados acima do prato, ligeiramente à direita, com o copo para água mais para dentro. O de vinho tinto vem a seguir, ficando o de vinho branco na extremidade. Taças de champanhe ocupam um segundo plano, uma vez que esta bebida é servida por último. Em algumas ocasiões, no entanto, serve-se champanhe durante toda a refeição. Nesse caso, não haverá copos para vinho. Apenas um copo para água acompanhará a taça de champanhe.

Os talheres de sobremesa serão colocados na mesa quando esta for servida.

Jantar à Francesa

Se você pretende fazer um jantar formal com um serviço à francesa, é indispensável que você possa contar com uma ou duas pessoas (duas, se você tiver que servir mais de oito pessoas) habilitadas para o serviço.

Regras gerais:

O garçom serve primeiro a convidada à direita do anfitrião, continuando sempre à direita, atendendo as senhoras. Chegando a vez dos convidados, começará pelo que estiver à direita da dona da casa, continuando o serviço à direita. Alguns exigem que os anfitriões sejam servidos em último lugar. No entanto, é perfeitamente normal que eles sejam atendidos pelo garçom à medida que o mesmo faz a volta à mesa. Este serviço ficará melhor se for executado por dois garçons, os quais, partindo cada um da direita dos donos da casa, servem convidados e convidadas, terminando nos anfitriões.

Colocar e oferecer pratos sempre pelo lado esquerdo do convidado. Pela direita, servem-se as bebidas e removem-se os pratos servidos, evitando tomar a frente de quem estiver sentado.

Para oferecer a comida, o garçom deve segurar a travessa na palma da mão esquerda, apresentando-a lateralmente ao convidado. Se a travessa estiver muito pesada, é perfeitamente próprio usar a mão direita para dar apoio. Os talheres de servir devem estar sempre com os cabos para o convidado. Se necessário, deve-se corrigir a posição dos mesmos depois que cada pessoa se serve. A travessa deve ser apresentada a um nível que facilite ao convidado servir-se sem maiores problemas.

Todas as travessas devem ser apresentadas sempre com uma toalha de serviço (um guardanapo grande também é apropriado), dobrada em quatro, sob as mesmas. Ela protege a mão do garçom do calor dos alimentos e oculta-a, se estes últimos estiverem sendo servidos em pratos de vidro. Para colocar e retirar pratos, ela não precisa ser usada.

Deve-se encher os copos de água ou vinho sempre que estiverem vazios, sem retirá-los da mesa. O garçom deve conservar o guardanapo na mão esquerda para enxugar pingos ocasionais.

É indispensável a quem serve, que se movimente sem barulho e sem incomodar os convidados, que não devem ser tocados.

Os copos devem ser manuseados apenas em sua parte inferior, nunca pela boca. Outro ponto importante é evitar que o polegar apareça na borda do prato que se está colocando ou retirando.

Nunca se deve começar a retirar os pratos antes que todos os convidados já tenham acabado.

Quando chegar a hora de retirar, fazer primeiro com as travessas, depois os pratos e talheres usados, os copos e, por último, os talheres limpos, saleiros etc. Para recolher esses dois últimos itens, utilize uma bandeja.

Antes do jantar ser servido:

Algumas providências devem ser tomadas:

Os copos de água deverão ser cheios até 3/4 de sua capacidade.

Se forem usados pratinhos para pão e manteiga, em cada um deles deverá ser colocada uma porção de manteiga.

A cadeira deve ser disposta em frente a cada lugar, com a parte de frente do assento na direção da borda da mesa.

Se houver velas, deverão ser acesas.

No caso de ser servida alguma entrada (ostras, coquetéis de fruta ou de camarão, sopa, etc.) esta deverá ser colocada à mesa antes dos convidados sentarem.

Com a entrada, se for o caso, servem-se fatias de pão torrado ou bolachinhas.

Servindo o prato principal:

Depois que todos já tiverem se servido da entrada, o garçom retira os pratos servidos e, no caso de sopa, o prato raso de serviço também. Os coquetéis já devem vir em recipientes próprios sob os quais se colocam pires que protegem o prato de serviço. No caso da sopa, o prato da mesma pode não estar muito limpo embaixo, sujando o prato de serviço. Se este estiver limpo, poderá voltar à mesa para servir o prato principal.

Em seguida, devem vir da cozinha, um a um, os pratos que substituirão os usados, colocando-os pela esquerda, na ordem em que vão ser servidos. Se, para facilitar o trabalho, for melhor trazer os pratos dois a dois, um deles ficará esperando na mesa auxiliar. Passa-se, então, ao serviço propriamente dito, com as normas já devidamente estabelecidas acima.

O vinho, se houver, vem depois de servido o prato, com o garçom enchendo primeiro o copo do dono da casa (o que evita que algum pedaço de rolha venha a cair no copo de algum convidado, propiciando, também, ao anfitrião, um exame antecipado da bebida que poderá ser recusada, se não estiver satisfatória). A senhora à direita do dono da casa será a próxima e assim por diante.

O procedimento para servir um segundo prato é idêntico, havendo, naturalmente, a necessidade de se remover os pratos usados.

Há quem goste de servir saladas com ou após o prato principal. Nesse caso, é melhor usar saladeiras pequenas, já servidas da cozinha, colocando-as ao lado esquerdo ou sobre o prato de serviço, conforme for o caso. Não esquecer, então, de colocar à mesa o garfo para salada, à esquerda do prato, antes do garfo de carne.

Servindo a sobremesa:

Removem-se os pratos de cada lugar com a mão esquerda ou, se houver pratos para pão, retira-se o prato de serviço com a direita e o do pão com a esquerda.

Saleiros, pimenteiros e talheres não utilizados são retirados com o auxilio de uma bandeja pequena. Se necessário, limpa-se ligeiramente a mesa com um guardanapo, enchendo-se em seguida os copos de água.

Em cada lugar serão colocados pratos e talheres para a sobremesa, passando-a, então, para que os convidados dela se sirvam.

Se a sobremesa for do tipo individual, pode vir servida da cozinha, com o talher colocado no próprio prato.

Se foi servido algo que o convidado tocou com os dedos (aspargos, alcachofra), lavandas comuns ou água fria com pétalas de rosa ou uma flor pequenina também são indicados. As lavandas vêm da cozinha colocadas no prato em que se vai servir a sobremesa, sobre toalhas pequeninas de linho. Os talheres de sobremesa a acompanham. O convidado retira os talheres e a lavanda, colocando-a, ainda sobre a toalhinha, à esquerda do lugar, e dispondo a colher à direita e o garfo à esquerda de seu prato. Se você pretende adotar o uso da lavanda e vai servir, além da sobremesa, frutas, a lavanda só deve aparecer quando o prato para as frutas vier substituir o de sobremesa.

A ordem dos últimos pratos de um jantar é a seguinte: queijo, sobremesa e frutas. Os queijos são servidos com pequenos pedaços de pão ou bolachas. As únicas sobremesas que podem ser apresentadas depois das frutas são os sorvetes. Mas isto não quer dizer que você precise servir estes três itens. Basta uma boa sobremesa e o seu jantar terá o êxito assegurado.

Almoço Informal

Almoços não precisam de muita etiqueta. Um almoço deve ser uma refeição alegre e bem servida, mas com pouca formalidade.

Na arrumação da mesa tudo se permite: toalhas estampadas ou xadrez, cores únicas bem vivas, serviços americanos em linho cru, rafia, madeira e até mesmo plástico, se forem originais e de boa qualidade.

A fantasia se estende à louça. É a hora ideal para usar serviços pintados à mão, pratos de barro vidrado e as tão úteis louças plásticas, em cores vivas e padrões diferentes.

Talheres de linhas modernas ficam melhor em mesas assim concebidas. Os copos podem ser grossos, em cores vivas.

Os centros de mesa podem ser frutas e flores das mais variadas.

A colocação dos pratos, copos e talheres é a comum, determinada pelo que se vai servir. O prato para pão poderá ser usado para a salada, também.

Nada de velas, a menos que seja inverno e o aposento esteja escuro, o que não é comum. Os talheres de sobremesa virão com o prato servido ou por servir.

Café à mesa ou fora dela, é indiferente.

Os almoços formais não são comuns. Umas poucas senhoras ainda usam convidar apenas mulheres para almoços formais, costume que vem desaparecendo. Para servi-los, as regras que regem um jantar formal são as mais indicadas.

Chá das Cinco

Esse costume é muito britânico. Porém, um grupo de amigos reunidos e um chá, à tardinha, tem um encanto especial. A dona de casa escolhe a qualidade do chá. Ele terá que vir quente para a mesa. Pode ser: mate com limão, da índia, chá preto, etc.

Se não são muitos os convidados, ele poderá ser servido na sala de estar, com o auxílio do tradicional carrinho de chá e de uma mesinha que poderá ser uma das mesas laterais do sofá. Se não há carrinho de chá, a mesa de centro da sala de estar pode ser utilizada.

Coloca-se o carrinho de chá ou a mesa auxiliar perto de uma poltrona ou sofá, de modo que a dona da casa possa sentar-se confortavelmente para servir. Ele não deve, também, estar muito longe da porta de entrada, pois poderá existir a necessidade de atender convidados atrasados.

Sobre ele repousarão: o bule com chá quente, um jarro com água aquecida, uma leiteira com leite ou creme de leite fino, o açucareiro, um prato com rodelas de limão sobre o qual haverá um garfinho, xícaras, colheres e guardanapos. Se ainda houver lugar, um pequeno jarro com rosas dará um toque elegante.

O bule de chá, a jarra com água quente e a leiteira deverão estar do lado direito da bandeja, com suas asas viradas para quem serve. Se não há muito lugar, as xícaras poderão ser arrumadas duas a duas, com os pratinhos empilhados.

A dona da casa toma um guardanapo, a xícara com a respectiva colher e serve o açúcar, chá, leite ou limão, conforme o gosto do convidado, passando-lhe, então, a xícara já servida colocada sobre o guardanapo.

O convidado a recebe e dirige-se à outra mesa onde estarão dispostos os sanduíches, salgadinhos, torradas, docinhos e bolos. Aí empilhados haverá pratos de sobremesa com os respectivos talheres para o serviço.

No verão, pode-se servir chá quente ou gelado. Coloca-se, então, próximo à mesa ou ao carrinho de chá, uma bandeja com copos altos, colheres compridas, folhas de hortelã e rodelas de limão em pratinhos, um recipiente com cubos de gelo, uma pinça para retirá-los e um açucareiro. Se a dona da casa estiver servindo chá quente para outros convidados, sua filha ou amiga mais íntima se encarregará de servir o gelado, que nada mais é que chá quente colocado sobre os cubos de gelo, num copo apropriado. Açúcar, limão ou hortelã, são a gosto do convidado.

O chocolate quente pode ser servido como opção para os que não gostam de chá. Basta incluir um bule da bebida na bandeja e oferecê-la aos convidados.

Alguns pratos, preparos e sugestões

Caviar

O Caviar são os ovos do esturjão, um peixe encontrado na região dos mares da Europa Oriental. Apesar de ser peixe de água salgada, ele desova nos rios que deságuam no mar. E chega a desovar cerca de 3 a 5 milhões de ovos, ou o que chamamos de caviar. Há também caviar de outras espécies de peixes marinho, como o de salmão, o que chamamos de caviar rosa; o caviar do esturjão é conhecido como caviar preto.

A maneira mais comum de servir o caviar é com torradas, ou au blinis (tipo de uma panqueca), sempre como aperitivo ou entrada e jamais como um jantar. Uma boa dica é servir com torradas cobertas com manteiga e com rodelas de limão cortadas bem finas para não prejudicar o sabor do Caviar, afinal de contas, você está servindo caviar e não limão.

Você só encontra caviar importado em potes. Para manter bem conservado coloque na geladeira com a tampa bem vedada para que não perca o gosto ou pegue o gosto de outros alimentos.

Alcachofra

A alcachofra é uma flor, mas é comida enquanto botão. Regado com um pouco de molho, é uma verdadeira delícia. Tem folhas entre o verde e o lilás, muito ricas em vitaminas C, usadas também na preparação de remédios. A colheita começa quando acaba o frio e pode ser encontrada, nessa época, em qualquer feira livre.

A parte comestível é a base da folha que se gruda ao pé, onde há um espécie de “carninha” macia e muito saborosa. Mas a parte nobre é o fundo da alcachofra, de sabor mais requintado. Serve-se cozida, como entrada, com um molho à base de vinagre ou de manteiga (conforme o gosto pessoal).

As folhas são retiradas com a mão, uma a uma, e a ponta macia é mergulhada no molho, que deve estar em pequenos recipientes individuais, junto ao prato, e retirada com a ponta dos dentes. Depois, a folha é colocada na beira do prato. Para chegar ao fundo da alcachofra, é necessário retirar delicadamente os pêlos amargos que o recobrem, com o garfo e faca, tendo o cuidado para que ele não se desmanche.

Como se come as folhas com a mão, a lavanda deve acompanhar. Pode-se, no entanto, preparar também só o fundo da alcachofra, cozido com vinho branco, óleo e hortelã.

Fondue

Fondue ou Fondre significa em francês, derreter. Esse prato já se popularizou no Brasil, principalmente na época do inverno. Há vários tipos de fondue, e os mais comuns são o de queijo, o de carne e o de frutas e chocolate.

O fondue aparenta ser fácil de fazer, e de fato não é difícil, porém há várias manhas que só se conhece fazendo, então procure não arriscar seu primeiro fondue no dia em que há amigos em casa. Faça experimentos antes para pegar a prática e para evitar constrangimento e ter que pedir uma pizza.

Os elementos básicos para o preparo são simples, mas é necessário um equipamento especial: fogareiro com uma pequena panela e garfos de cabo longo com dois dentes. Este equipamento é fácil de encontrar até em supermercados.

Para o preparo do fondue de queijo, usa-se o de tipo suíço ou do tipo prato, na proporção de 200 gramas por pessoa. Corte o queijo em cubinhos e aqueça no fogão com um pouco de leite, até derreter. Acrescente vinho branco e kirsch (licor extraído de cereja). Depois, a mistura é despejada na panelinha que está na mesa sobre um fogareiro aceso, utilize cubos de álcool em gel para aquecê-lo, jamais use outros combustível como querosene, etc.. Cada pessoa espeta um cubinho de pão francês, ou qualquer outro tipo de pão a seu gosto, mas sempre cortado com um lado com a casca, pois só o miolo não há como o garfinho segurar por muito tempo, mergulhe no queijo antes de comer . Use com acompanhamento um bom vinho tinto.

Para o founde de carne, usa-se filé mignon fresco e cortado em cubos. Mergulhe no óleo bem quente que está na panela. Depois de frita, a carne é passada em diversos molhos - maionese, sauce tartar, mostarda, picles, etc - que devem estar espalhados na mesa, em pequenos potinhos. Use como um bom vinho tinto e pão branco.

Como o fogareiro fica sobre a mesa, preze pela segurança. Nunca coloque a panela sobre uma mesa na qual as pernas não estão firmadas no chão, pois não se esqueça que há óleo quente, ou queijo ou chocolate derretido, além do álcool, nessa panela. Tenha muita prudência também ao lidar com o álcool. E mantenha distante de crianças.

Cuidado para não levar à boca o queijo derretido, muito quente. Fique atento para que o óleo não fique quente demais e cuidado para não colocar os garfinhos molhado com água, seque bem antes de utiliza-los. Fique atento se o queijo não está queimando no fundo, caso você perceba através do cheiro, apague o fogo sem assoprar, utilize o utensílio apropriado.

É divertido comer fondue, servir para uma roda de amigos em torno de uma única panela no centro da mesa. Antigamente era considerado um utensílio sofisticado e caro, hoje em dia você poderá encontrar em qualquer lojas por um preço acessível. Normalmente vem a receita na embalagem da panela.

Ostras

É um molusco que vive no interior de uma concha acinzentada, que se fixa em rocheados da orla marítima. É considerado muito nutritivo e até mesmo afrodisíaco.

Servidas como entrada e abertas sobre gelo picado, e em pratos individuais juntamente com limão cortado em gomos. Para comer, espreme-se o limão, segura-se a concha com a mão esquerda e retira-se o molusco com um garfo específico e de três dentes, mas informalmente você poderá usar garfos comuns de sobremesa, ou então levar diretamente à boca. Neste caso, o prato vem acompanhado de lavanda. Vinho branco gelado é uma ótima idéia de acompanhamento.

Não é muito difícil encontrar ostras, mas procure em um peixarias de confiança, porque é importante que estejam absolutamente frescas e jamais guarde esse alimento. As conchas normalmente vêm fechadas e no preparo deverão ser abertas com a ponta da faca. O molusco que está dentro contrai quando tocado. Comer ostras não frescas ou em excesso poderá ser desastroso para o seu intestino. Cuidado.

Escargot

Molusco terrestre, é encontrado nos bosques franceses, de muito valor é raramente consumido no Brasil por ser muito caro, e com certeza importados. Normalmente vem em latas que vem apenas a carne do escargot e são colocados dentro do próprio caracol para o preparo e servir.

Prepare um molho à base de alho, salsa, manteiga, noz-moscada e ervas aromáticas importadas (de Provence) estragão, tomilho, segurelha e outras. Coloque um pouco de molho. Em seguida, eles serão arrumados com a boca para cima em um prato especial, antes de ir ao forno. Este prato tem pequenas cavidades próprias para acomodar o caracol, e é refratário.

Se o caracol vazio não for encontrado, pode-se acomodar a carne e o molho em cogumelos grandes, com o talo cortado, virados com a parte côncava para cima. Depois de 7 minutos no forno bem quente, vai direto para a mesa, arrumando como está.

Para comê-lo, há talheres especiais: uma pequena pinça na mão esquerda segura o caracol enquanto a carne é retirada com um garfo de dois dentes. A quantidade mínima por pessoa é de meia dúzia. Acompanha pão branco (a tradição francesa manda limpar o molho do prato com o pão) e o vinho tinto, mais próprio para acompanhar um molho tão ativo e aromático.

Talvez o maior problema em comer escargot esteja no equipamento especial que exige quando se quer servir dentro dos padrões de etiqueta tradicionais. Um jogo de pratos e pinças custa caro e é difícil de encontrar. Mas isso não deve ser impedimento: com a imaginação e vontade de provar o escargot, esses “tropeços” técnicos podem ser driblados com criatividade e com o que você tem em casa.

Lagosta

Apesar de não ser um prato muito barato, em restaurantes principalmente, é um dos crustáceos mais conhecidos e apreciados no Brasil. Habitantes das costas atlânticas e mediterrâneas, ela aqui é pescada intensamente na plataforma continental de Pernambuco e Rio Grande do Norte. As lagostas atingem o tamanho máximo de 40 centímetros de comprimento, têm cor vermelho-acastanhada, carapaça grande e espinhosa, e carne muito branca. Mas é sempre melhor optar pelas de menor tamanho, de sabor mais pronunciado, facilmente encontradas congeladas em peixarias. Sempre que possível, recomendam os conhecedores que sejam compradas vivas.

Há muitas maneiras de preparar a lagosta: uma das melhores é cozinhando em um caldo temperado com louro, limão, cebola e cenoura. Depois de pronta, tira-se a casca, corta-se a carne em rodelas e serve-se fria com maionese. Outra maneira gostosa de comer é cortada ao meio, no sentido do comprimento e assada na grelha (mas não muito: quanto mais cozinha, mais fibrosa fica).

Depois, serve-se dentro da casca, regando com manteiga derretida e suco de limão. Se solta a carne da casca com a ponta da faca, pelas bordas. Em seguida, coloca-se a faca sob a cauda para levantá-la. Na cabeça, a mesma coisa, tirando a parte verde que está grudada na carne. O talher usado é o próprio para peixes que vem no faqueiro tradicional. Acompanha vinho branco gelado ou Dry Martini com gim.

Sushi & Sashimi

Comida de origem japonesa cada vez mais popular no Brasil, hava visto o número grande de restaurantes japoneses e rodízios de sushi abertos recentemente. As comidas japonesas são muito apreciadas por seu baixo teor de calorias, além do seu delicioso sabor, bem suavizado, do peixe. Além de que o sushi e o sashimi são considerados por ocidentais um alimento saudável e leve.

Peixes mais utilizados para o preparo do sashimi são o Atum e o Salmão. O mais raro (e caro) é o sashimi de baiacu, que só deverá ser preparado por especialistas com certificações, porque o baiacu possui uma glândula que deve ser removido por sushi-man’s - os profissionais especializados em preparar este tipo de comida - pois o líquido contido nessa glândula é altamente venenoso e até mesmo, mortal. Um descuido qualquer com uma gota seria suficiente para matar uma pessoa.

Azeitonas

Se fizer parte do couvert, come-se com a mão, devolvendo o caroço à mão em forma de concha. Quando a azeitona fizer parte do prato que foi servido, você devolverá o caroço no garfo, mas em ambos os casos você depositará o caroço no canto do prato, ou na caroçadeira que estiver a sua frente.

Batatas

As batatas cozidas, fritas ou sautés, devem ser comidas com o auxílio do garfo. Já as batatas “chips” podem ser comidas com o auxílio das mãos mesmo.

Pão

Na hora de comer o seu pedacinho de pão à mesa, sugere-se não cortá-lo com a faca e sim com a ajuda das mãos.

Sanduíches

Os muito grandes deverão ser comidos com auxílio do garfo, os pequenos poderão ser comidos com as mãos.

Consommé ou Soupé

O comsommé ou soupé é servido em um recipiente que tem duas alças, parecendo com uma xícara. A forma correta de tomar comsommé ou soupé é com o auxílio da colher de sopa. Há pessoas que costumam tomá-lo segurando a “consomeira” pela duas asas.

Frango

Não se deve comer frango com as mãos, por mais descontraída que seja a ocasião. Se o frango estiver sendo servido à mesa, você o comerá com garfo e faca, mas para não deixar outras pessoas constrangidas você poderá segurá-lo com as mãos, protegendo-as com um guardanapo de papel.

Macarrão (spaghetti, taglierini)

Deve ser enrolado no garfo e comido com o auxílio de uma colher, segura pela mão esquerda. Não se deve cortar o macarrão para comê-lo.

Mexilhões

Retira-se o mexilhão de dentro da casca com ajuda de um garfo próprio para comer mexilhões. Se ele for servido fora da casca, você usará o garfo de peixe.

Frutas

Frutas frescas na mesa é um hábito saudável. Sugere-se comê-las com as mãos.

Mas é necessário que se coloque um tigelinha acima do prato da fruta e do lado esquerdo com a lavanda, que deverá ser usada para limpar os dedos logo após você terminar de comer a fruta.

Abacaxi

É apresentado em rodelas. Com o garfo e a faca você come aos pedaços, deixando a parte rija.

Abacate

Em reuniões íntimas, você deve comê-lo com a colher de sobremesa. Mas se for apresentado inteiro, com a ajuda da faca você deve cortá-lo ao meio, tirando o caroço com a ajuda da colher e acrescentando açúcar se desejar.

Laranja

Quando servida inteira e já descascada, come-se de garfo e faca, tirando os gomos. Se a laranja vier inteira, mas sem estar descascada, o procedimento correto é fixar o garfo no alto da fruta, e com a faca vai-se descascando a fruta em pedaços, de cima para baixo.

Morangos

Morangos graúdos necessitam de garfo e colher para que não escorreguem no prato. Quando servidos sem cobertura de chantilly, deverão estar à mesa em uma bonita travessa, sob raspas de gelo.

Manga

É cortada nos quatros lados do caroço, e comida com ajuda do garfo e da faca: raspa-se a polpa da fruta com a faca para comer com o garfo.

Uvas, Ameixas, Cerejas, Amoras e Jabuticabas

São comidas com os dedos. Com a mão em concha, retire as sementes da boca e deposite-as na beira do prato.

Maçã

Uma curiosidade sobre esta fruta: por tradição histórica, nas mais refinadas mesas ou ambientes, a maça é motivo de decoração, por aliar suas belas cores ao seu aroma delicioso. Mas nem todos sabem que é chamada, também de fruta-pão. Assim, numa refeição de cerimônia, a maça deverá ser saboreada, pois quem o fizer demonstrará que ficou satisfeito com as iguarias que foram servidas.

Alface e folhas em geral

Não se deve cortar folhas de alface ou de quaisquer outros tipos de folhas, mas se necessário você poderá rasgar a folha, para em seguida dobrá-la em forma de “trouxinha”.

Guia com sugestões de cardápios para eventos

Tipos de alimentos classificados por seções:

  1. Aperitivo: azeitonas, canapês, talos de aipo, biscoitos salgados, amendoim torrado, castanha de cajú, cubinhos de queijo, camarão frito, frios em cubos, polenta.
  2. Tira Gosto: croquetes, empadas, sanduíches, quibe, coxinhas de galinha, bolinho de bacalhau, bolinho de camarão, salsichão, linguiça, torresmo, sardinha, mini-pizza, batata frita, mandioca frita.
  3. Entradas: frios sortidos, mousses salgados, ostras, coquetel de camarão, coquetel de lagosta, casquinhas de siri, saladas de maionese, melão com presunto, caviar.
  4. Sopas: caldo frio, quente, cremes de legumes, creme de tomate, creme de ervilha, creme de ervilha com bacon.
  5. 1º Prato: peixe, bacalhau, camarão, escabeche, lagosta, mariscos, siri, codornas, frango, pato, peru, strogonoff de frango.
  6. 2º Prato: carne assada, rosbife, grelhados, vitela, bifes empanados, strogonoff de carne, pernil, bistecas, lombinho de porco, coelho, presunto, carneiro.
  7. Guarnições: arroz, batata, farofa, polenta, frituras, refogados, legumes, saladas cozidas, saladas cruas, banana frita, ameixa seca, batata frita.
  8. Prato Único: feijoada, mocotó, angú, cozido, bacalhoada, macarronada, churrasco, galeto, bobó de camarão, pastas, pizza, etc.
  9. Sobremesas: frutas, cremes de frutas, sorvete, gelatina, compotas, mousse doce, pudim, bolo, torta, etc.

Sugestões de composição

Com base na lista acima, você pode programar seus eventos com base nas seguintes sugestões:

Na dúvida, vá sempre por esta sequência de pratos: Ostras - Sopa - Peixe - Carne - Guarnições e Salada - Queijos - Doces - Frutas - Licor - Café.