Regras de Etiqueta

Etiqueta e Boas Maneiras

Apresentações

A apresentação é o marco inicial do conhecimento em sociedade. O "muito prazer" vai bem seja ao ancião, a uma bela senhorita. Por isso temos a obrigação de promover as apresentações. Seguimos as seguintes normas: Grau de idade, Sexo, Política e Posição Social.

Sempre se apresenta o homem à mulher. Todavia, tratando-se de um religioso, a mulher deverá ser apresentada.

Apresenta-se uma pessoa mais moça a uma mais idosa, e a pessoa solteira à casada.

A mulher deverá estender a mão, antes que o faça o homem que lhe foi apresentado. No entanto, se a pessoa apresentada se limitar a um outro cumprimento, deverá ser correspondido do mesmo modo, como por exemplo, uma ligeira inclinação de cabeça.

A mulher, em sociedade, nunca se levanta ao ser apresentada a outra mulher, com exceção se esta for a anfitriã ou uma senhora de idade. Uma senhora nunca se levanta, quando é apresentada a outra senhora ou a um senhor, fazendo-o somente quando a pessoa apresentada é de tal ordem, que a isso obriga. Ex.: Chefe de Estado, Sacerdote, alta hierarquia, senhora ou senhor muito idoso.

No caso de uma recepção de maiores proporções, os anfitriões não necessitam apresentar todos os convidados entre si. Basta apresentar alguns durante a chegada dos primeiros convidados.

O convidado de honra, numa recepção de cerimônia, é apresentado a todos os convidados e deverá ficar ao lado da anfitriã, à entrada e de pé.

Havendo um Sacerdote, é quase sempre ele quem tem grau superior. Quem apresenta deve fazê-lo claramente dando os nomes por extenso e se possível acrescentar uma palavra que qualifique os apresentados, para ambos entrarem em entendimento.

A pessoa mais importante estende a mão à que lhe foi apresentada, ou faz uma referência com a cabeça, não restando a esta senão imitar. É a pessoa importante quem diz primeiro "Muito Prazer" e, inicia a conversação. Os ingleses dizem somente - Como vai? - e o outro responde com as mesmas palavras.

Quando a pessoa a quem se apresenta é por demais conhecida ou se, na ocasião essa pessoa é homenageada (todos devem saber disso) não há necessidade de mencionar seu nome, mas somente o da apresentada.

Se você for apresentado e não entendeu bem o nome, pergunte. É muito importante guardar os nomes dos novos conhecidos. Se você for apresentado a um Chefe de Estado, Ministro ou a outra personalidade e não entendeu o nome, não torne a perguntar.

o homem não permanece sentado durante uma apresentação. Só os Chefes de Estado, Sacerdotes de alta hierarquia podem permanecer sentados.

Quando há um grupo de pessoas reunidas e chega mais uma, a dona da casa deve apresentar a que chega, dizendo seu nome e o nome das pessoas que estão na roda, apresentando-as sem que haja apertos de mão. As pessoas apresentadas vão repetindo o clássico "Muito Prazer". Se houver pessoas idosas no grupo, devem dar-lhes primazia no cumprimento.

Se a pessoa que devia fazer as apresentações não faz, por esquecimento ou por estar ocupado, os convidados podem apresentar-se mutuamente. Podem e devem fazê-lo. Muito formalismo é tão censurável como a intimidade exagerada à primeira vista. Em se tratando de pessoas de sociedade deve-se encontrar sempre a forma certa de entabular uma palestra agradável, quando há afinidades entre si.

Apresentação por meio de cartas devem ser feitas com algumas palavras simpáticas para ambas as partes. Por telefone também é permitido, pedindo a um amigo que receba o outro e se desejar, colocar os dois no aparelho. Pode fazê-lo, desde que haja intimidade entre o que apresenta e as duas pessoas que se se deseja conhecer.

Convivência

Aja sempre com naturalidade, sem elevar a voz, sem muita gesticulação ou afetação, seja na rua, em casa, no trabalho ou em grupos, etc. Não procure se sobressair e tornar-se alvo de todos os olhares, a não ser que tenha veia artística e saiba o que está fazendo, com noção de lugar e ocasião, pois do contrário, parecerá uma pessoa meramente exibida. Agir com naturalidade é a norma fundamental e o segredo da sua elevação social.

Fale baixo, porque a tendência das pessoas é elevar o tom de voz. Falar alto pode ser necessário, mas normalmente é um problema. Numa discussão, não procure abafar a voz do parceiro, tenha bons argumentos, convence mais.

Evite assuntos particulares em público, pois a conversa pode deixar as pessoas constrangidas.

Nos restaurantes, não fique papeando alto, há pessoas que desejam fazer a refeição em paz.

No táxi, as senhoras sentam ao lado esquerdo e o homem a direita. Sabemos de antemão que é o cavalheiro quem abre a porta para as senhoras entrarem e saírem.

O guarda-chuva é o abrigo contra o mau tempo, nunca uma arma de guerra. Como para o homem é sempre de cabo curvo, deve ser dependurado no braço esquerdo ou seguro no direito, sem que sua ponteira atinja outra pessoa.

Na escada, sempre o homem sobe a frente, ou com a senhora a seu lado. Na descida, o contrário é o exigido. Para uma senhora idosa o homem deve procurar ajudar, mas sem melindrá-la. Há pessoas idosas que detestam ser ajudadas.

Gestos com as mãos são permitidos, mas discretamente, para dar ênfase a uma palestra. Ao se dirigir a outra pessoas, tente não manter gestos espalhafatodos e muito espaçosos.

Não aponte jamais, para coisas e principalmente, para pessoas. Só quando é absolutamente necessário, mas tome cuidado para não esbarrar em outra pessoa.

Evite manter as mãos nos bolsos da calça, é muito feio e deselegante. Quando está frio há os bolsos do sobretudo ou mesmo do paletó. Bolso de calça, nunca.

Não cuspa, seja onde for, usa-se o lenço com discrição. A escarradeira é indispensável somente para os enfermos.

É preferível assoar o nariz ao invés de continuar fanhoso, com o nariz carregado e fungando. Se está resfriado é preferível fazê-lo antes de ir a mesa. Se já está à mesa e precisar, peça licença, vá assoar-se fora. Evite conter-se.

O lenço foi feito para silenciar, tanto quanto possível, o espirro. Não deve ser evitado. Mas se preferir, poderá evitá-lo devemos colocar o dedo bem no centro dos lábios, em cima, apertando-o nessa região.

Ao tossir deve-se levar o lenço a boca para abafar o som e evitar salivas.

Se não puder evitar de bocejar, levante-se dê uma volta e afaste-se por um momento do grupo.

Assobiar é fazer pouco caso do próximo que está conversando ou calado. Assobie quando estiver só, ou em festinhas.

As gírias podem ser usadas na intimidade, quando dão mais sabor ao que se conta. Porém, a fronteira entre apimentar uma conversa e ser desbocado é sutil, portanto, seja cuidadoso com suas palavras. Na dúvida, evite gírias e palavrões. Por outro lado, o ideal é falar a língua do grupo. Um grupo mais informal permite mais liberdade, desde que dentro do contexto da conversa. Devem ser evitadas diante de pessoas mais velhas ou mais cerimoniosas.

Ao entrar no restaurante, o homem vai a frente da mulher ou lado a lado, se há espaço. É o homem quem puxa a cadeira para a mulher sentar-se. Quando há "Maitre" é ele quem vai a frente, em seguida o homem e depois a mulher. O homem indica o lugar para a mulher, que senta ajudada pelo garçom. Os cardápios são distribuídos para o homem e mulher, cabe ao homem transmitir o pedido, enfim, tudo que a mulher precisar. Se vier um casal amigo cumprimentá-los, o homem deve levantar-se. Ao sair do restaurante, a mulher vai a frente, ou lado a lado. Cabe também ao homem pedir capa, guarda-chuva e sombreiro se houver, como também abrir a porta de saída.

Quando alguém parte, numa despedida, convém ser atencioso. Talvez ele queira dizer alguma coisa de particular a um dos presentes e ficar constrangido em não poder fazê-lo. Fique atento, perceba quando se manter próximo e quando permitir alguma privacidade. Caso não possa ficar até o momento da partida, deixe-a com os melhores votos de uma boa viagem.

Não devolver um livro emprestado é um ato constrangedor. Devolva-o no estado em que o recebeu, isto é, cuide do que não é seu. Devolve-se tudo o que não nos pertence, mesmo que o valor seja insignificante.

A quantia de regrinhas sociais é tamanha, que é inevitável que cometamos uma gafe vez ou outra. Não se culpe ou se martirize se acontecer com você. Todos somos passíveis de erros e a verdade é que todos possuem algum nível de insegurança e dúvidas, tanto quanto nós. Portanto, quando cometemos uma gafe, o mais certo é deixar que ela caia por si só. Tentar corrigir o que se fez ou disse é pior. Sendo outra pessoa, ao invés de julgá-la ou apontar o dedo, que compreendamos a situação e possamos ajudá-la mudando o rumo da conversa.

As boas maneiras condenam os cotovelos à mesa, principalmente em ocasiões formais. Mesmo num almoço ou jantar informal, permanecer o tempo todo com os cotovelos sobre a mesa revelam uma maneira rude e invasiva, como quem está prestes a subir sobre a mesa, avançando sobre a pessoa do outro lado. Por outro lado, breves apoios, quando se quer comunicar algo em tom mais baixo ao companheiro do outro lado da mesa, não são tão condenáveis assim. É uma questão de bom senso e equilíbrio.

Não se acanhe de carregar pacotes na rua. Se quem o acompanha é uma senhora, então é indesculpável.

No teatro, o homem vai a frente a procura de cadeira, na saída é ela quem vai a frente.

Por um lado a televisão reúne e forma um grupo, sugerindo até pautas para as conversas. Por outro, faz calar e o silêncio é pode ser constrangedor.

Em restaurantes, há a clássica gratificação dos "dez por cento", que se vem na conta, não há necessidade de lembrá-la. Em outras ocasiões, é de bom tom gratificar serviçais com gorjetas. Generosidade nunca é reprovável, desde que discreta.

Todo o marido deve tratar com deferência sua mulher, principalmente em público, e vice-versa. Jamais exponha seu cônjuge ao ridículo ou a saias justas. Havendo contenda não devem pedir a opinião de terceiros, o que é constrangedor. Estando ambos em casa de amigos, mesmo que não se dêem bem, devem ser gentis. A delicadeza é imperiosa e como diz o ditado, roupa suja se lava em casa.

Mesmo sendo íntimos de um chefe de governo, um sacerdote, embaixador, etc., que ocupe cargo elevado devemos dar-lhe tratamento respeitoso. Não devemos dizer-lhe brincadeiras pesadas, havendo outras pessoas menos íntimas no grupo e, mesmo na intimidade.

Quando há um grupo de pessoas no qual fazemos parte, é sempre melhor dizer: fulano, beltrano e eu. É de bom tom colocar-se modestamente no fim da enumeração.

Quando recebemos dinheiro, devemos contar a soma discretamente diante da outra, é possível erro contra ou a favor. Se for cheque, ainda assim, deve-se certificar que o cheque está em ordem.

O comportamento pessoal na sociedade é o cartão de visita de cada um. Agir sempre discretamente, vestir-se e também portar-se discretamente é o segredo da verdadeira elegância.

Pontualidade é o ponto de honra na vida social. Sabendo que a pessoa com quem se trata, não tem essa virtude britânica, marque encontro num lugar agradável, para que a espera não seja cansativa. Deixe a desvantagem para a outra pessoa.

Um cavalheiro tem a obrigação de suportar impertinências e mesmo inconveniências até um certo ponto, mas não hesite em aplicar o remédio certo na hora precisa, se possível, com discrição, de tal maneira que o visado perceba o que se passa.

Não crie "aura" de constrangimento num grupo recusando a mão que se estende mesmo de um desafeto. Com isso demonstramos ao nosso opositor a nossa superioridade.

Precisamos saber ouvir e saber falar. Não saber ouvir é um defeito gravíssimo. Coisa alguma corta mais a alegria de uma boa conversa, quando um ouvinte está frenético para entrar na conversa, logo que haja uma deixa. Saber ouvir é a mais difícil arte, é praticamente um ato de generosidade ao interlocutor, e dá ao memso força e estímulo para expor com mais facilidade o que tem em mente. Sem uma palestra agradável e em termos elevado, com a voz natural, a vida em sociedade se torna enfadonha.

Os dez pecados mortais contra a arte de bem conversar

De Jonathan Swft.

1 - A desatenção de quem ouve.
2 - O mau hábito de interromper e a de falar ao mesmo tempo.
3 - A precipitação de mostrar que se tem espírito ou cultura.
4 - A vontade de querer dominar a conversa e o assunto.
5 - Pedantismo.
6 - A falta de seguimento na conversa.
7 - O espírito de contradição.
8 - O vício de sempre querer fazer graça.
9 - A falta de calma na apresentação de argumentos.
10 - Trazer a baila assuntos pessoais em detrimento dos de ordem geral.

Quem cala e ouve, aprende. Quem fala, ensina.

Telefones e Celulares

O telefone deve ser usado para recados rápidos, informações ou convites. Devemos falar ao telefone com voz clara e pausada. Quando perguntarem "quem fala", ou "de onde fala", responda: "Aqui é da residência do Sr. João Silva (substituindo "joão silva" pelo nome do responsável pela casa).

Normalmente, durante uma ligação, a pessoa que chama é aquela que toma a iniciativa de finalizar a conversa e desligar.

Dê preferência à conversa ao vivo, valorize quem está a sua frente e deixe para conversar pelo celular depois.

Retorne as ligações, se alguém deixar recado na caixa postal, não se esqueça de ligar de volta.

Escolha bem a campainha - os ringtones(toques de celular) refletem seu estado de espírito. Portanto, escolha bem. E cuidado com os tons engraçadinhos.

Atenção ao horário - só ligue de madrugada para alguém se for algo muito urgente.

Desligue o aparelho nas reuniões de negócio - se tiver esperando uma ligação urgente, avise os participantes e deixe o aparelho no modo vibratório.

Respeite a platéia e o artista - nas salas de cinema, teatro, espetáculos nunca atenda o telefone.

Preserve o silêncio nas bibliotecas e museus - as pessoas precisam se concentrar.

Não atrapalhe médicos e enfermos - evite usar o celular nos consultórios e nos hospitais.

Nas ocasiões fúnebres e ambientes religiosos, esqueça o celular - Respeite a fé e a dor alheia.

Espere desembarcar do avião - só ligue o celular no saguão.

Procure guardar o celular no bolso ou na bolsa - é melhor que deixar o aparelho à mostra.

Pergunte se a pessoa pode atender - antes de começar a falar, veja se a pessoa pode falar.

Peça autorização para fotografar - os celulares com câmera embutida são populares, mas não se esqueça de pedir para clicar.

Cumprimentos e Saudações

Saudar é um ato de boa educação. O essencial é que a saudação seja sempre um gesto de amizade cordial e espontâneo. A saudação deve apresentar realmente o desejo de que a pessoa a quem cumprimentamos tenha um "Bom dia", uma "Boa tarde", uma "Boa noite", ou o real prazer em vê-lo de novo. Uma coisa permanece imutável, é o dever de saudar conhecidos e amigos.

O homem saúda primeiro a mulher, a um superior hierárquico ou grandes personalidades, não deve estender a mão, deixando a iniciativa ao saudado.

Uma senhora saúda primeiro outra senhora menos jovem, ou de posição mais elevada, um cavalheiro muito importante ou idoso, uma autoridade. Nunca tomar a iniciativa de estender a mão.

Entre homens ou senhoras, quem chega ou vai passando deve saudar em primeiro lugar. Parando se houver conhecimento suficiente.

Quem entra num salão ou num elevador residencial, cede o passo aos mais idosos e as senhoras, faz uma saudação com um simples aceno de cabeça. Quem recebeu a saudação, deve corresponder com a mesma gentileza.

Um homem, em companhia de um amigo ou de uma senhora, secunda o cumprimento deste ou desta a uma terceira pessoa, com um discreto aceno. Uma senhora nunca o faz.

O homem levanta-se sempre, para receber um aperto de mão, seja de quem for, salvo se ele for muito importante ou idoso.

A mulher só se levanta ante seus convidados, senhoras idosas ou pessoas de alta hierarquia, ou importantes.

Quando duas pessoas conhecidas se cruzam na rua ou num salão cumprimentam-se. A iniciativa de parar deve ser sempre da mais idosa ou importante.

Se um senhor cumprimentar uma senhora nessas mesmas condições, cabe a este, a iniciativa de parar.

Não se estende a mão a um doente ou a mesa de refeições.

O "beija-mão" requer cuidado, o gesto só cabe em recinto fechado, não em público. Não se beija mão de senhoritas ou mão enluvadas. É correto beijar as mãos das mais idosas ou das mais íntimas e cumprimentar as demais. Uma senhora ao entrar no salão sempre descalça as luvas, pelo menos a direita, para cumprimentar as pessoas que lhe venha falar.

Cumprimentar tirando o "chapéu" é obrigação de quem se dá ao trabalho de usá-lo. Quando há senhoras, numa sala, num bar, numa loja, etc, tira-se o chapéu. Nunca se fica de chapéu, quando há dúvida.

Se estiver frio e dois amigos se encontram enluvados, ambos retiram as luvas, antes de dar as mãos. Sendo uma senhora ela conserva as luvas ao encontrar-se com um amigo ou amiga.

Num salão ou recinto fechado, geralmente o saudar é acompanhado do aperto de mãos. Não é obrigatório, sobretudo quando alguém se aproxima de um grupo numeroso. Basta saudar com a cabeça. Se quiser, poderá apertar a mão de uma ou duas pessoas, as quais deve mais respeito.

Um homem bem educado nunca toma a mão enluvada de uma senhora, levantando com o polegar, a luva para beijar-lhe o pulso.

Um anfitrião ou um hóspede nunca beijará, seja onde for, a mão de uma convidada, estando ela em "deshabillé" e ele em "role de chambre" ou qualquer deles nesses trajes. Não se beija "mão", em praia, campo ou fazenda.

Não se deve estender a mão, num restaurante, quando se está à mesa ou a outra pessoa o está. Uma saudação com a cabeça é suficiente, mesmo que se chegue à mesa para conversar. Nesse caso, os homens levantam-se para cumprimentar, de longe, a senhora ou senhor.

Em um jantar se uma senhora se levanta todos os homens devem fazer o mesmo, repetindo o gesto quando ela regressar. Sendo um jantar grande, essa obrigação fica limitada aos vizinhos da direita e da esquerda.

Formas de Tratamento

Quando se fala da própria mulher, é errado aplicar as expressões "Minha Senhora" e "Minha Esposa". Soa pretencioso. A mulher diz "Meu Marido" e o Marido diz " Minha mulher".

As expressões "Senhora e Dona" são perfeitas. Não se diz a "Senhora Fátima da Silva Leite", e sim, "Dona Fátima da Silva Leite". Mas diz-se a "Senhora Silva Leite" ou a "Senhora João da Silva Leite", isto é, "Dona" quando se usa o nome de batismo e "Senhora" quando se emprega o nome integral do marido ou o sobrenome comum a ambos.

A princípio, nunca deveria-se dizer: "Bom dia Dona Maria", ou "Obrigada Dona Maria" porque a expressão "Dona" obriga o nome de nascimento. Poderia-se dizer: "Bom dia Senhora" ou "Bom dia minha Senhora". Mas esta distinção está cada vez mais em desuso e os termos "Dona" e "Senhora" por vezes confundem-se, muito embora ainda valha a pena conhecer esta diferença.

Não se pode dizer os "João da Silva Leite" e, sim, "o Senhor e a Senhora João da Silva Leite", ou "os Silva Leite".

Quanto as formas de tratamento "Ilustríssimo Senhor" ou "Excelentíssimo Senhor", cabem para a maioria dos casos em que haja cerimônia.

Eminência
tratamento para Cardeal
Monsenhor
tratamento para Reverendíssimo Senhor ou Monsenhor Bispo
Meritíssimo
tratamento para Juiz
Vossa Excelência
tratamento para Parlamentares, governadores e prefeitos
Magnífico Reitor
tratamento para Reitor da Universidade
Vossa Senhoria
tratamento de uso comercial
Excelência
tratamento para Diplomatas (cada vez menos usual)

Nas classes Armadas:

(*) O Exército Brasileiro não utiliza mais o posto de Marechal. O último foi o ex-presidente da República, João Baptista Figueiredo. Este posto era concedido a generais que iam a batalhas e regressavam vitoriosos e, também, como prêmio a promoção.

(**) Nunca se chama um militar de comando - caso dos oficiais generais (almirante, general e brigadeiro) - apenas de senhor, pois estes tem a prerrogativa de chefe de estado.

Cartão de Visitas

O cartão de visita faz parte dos usos e utensílios de uma pessoa bem educada. Deve ser pequeno e ter o nome da pessoa que o traz, a não ser que tenha usos diversos.

O Casal pode ter o mesmo cartão, colocando o nome do marido acima do da mulher: Ex: Sr. e Sra. Carlos de Souza.

Quando um homem visita um casal, deve depositar dois cartões, um para cada visitado. Se o casal visita outro casal, deixará três cartões, dois do vistante e um da visitante, pois exige a etiqueta que a mulher não deixe cartão para visitado homem.

Os cartões de agradecimento de pêsames são impressos e com palavras curtas e simples.

Muito cuidado com o tratamento usado na carta ou cartão. Deve ser um do começo ao fim. Ou é "Senhor", "Você" ou "Tu".

Papel de cartas terá que ser de excelente qualidade. Com o nome gravado em alto relevo, sem tinta, apenas estampado, é o máximo de discreta elegância. Para "cavalheiros" são em branco ou azul claro, para "Senhoras" em cores bem suaves.

Papéis e envelopes pessoais nunca trazem endereço impresso. Aplica-se somente em papel comercial.

Ao escrever a uma pessoa amiga ou conhecida, a mensagem deve ser de fácil decifração. Não ponha em cartas, algo que mais tarde venha a se arrepender.